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Não foi só o bebe que cresceu


10/jan/2024 | Anielle Casagrande |

Quando lembro do meu filho bem pequeno, e da solidão que senti fechada num apartamento por anos, sinto um aperto no coração. Ele era bebê e eu de certa forma também. Na minha nova “função” como mãe eu era também recém-nascida. Era tudo muito complexo e novo e eu sentia que a rotina deixava tudo menos difícil, mas quem disse que bebês pequenos sabem o que é rotina?

O tempo foi passando (rápido demais, confesso) e cá estamos. Ele fez 3 anos recentemente. Hoje olho para trás e tenho vontade de rir de todos os meus medos. Trocar uma fralda com bebê dormindo é muito simples comparado a saber que meu filho foi mordido de novo na escola. Fazer recém-nascido dormir mamando é fichinha perto de negociar para a criança pequena colocar logo o tênis porque estamos atrasados. Tênis que ele mesmo escolheu, é claro. 

Recentemente fiquei sozinha com ele uma noite toda e parte da madrugada. Convenci a tomar banho (foi uma batalha!), convenci a sair do banho (outra batalha!), li vários livros e fiz ele dormir ouvindo música. Depois fiquei vigiando seu sono e acolhi quando ele acordou à meia-noite e fiz dormir de novo. Se alguém me falasse 3 anos atrás que eu faria tudo isso sozinha pro meu marido ir a uma festa (onde eu daria tudo pra estar também, mas enfim), eu ficaria abismada. 

Ele aprendeu a falar, andar, correr, protestar e negociar. Aprendeu também a ter um senso de humor muito melhor que o meu. E eu também aprendi muito desde que ele nasceu. Mais do que eu poderia sonhar que aprenderia. No fim, não foi só ele que cresceu nesses 3 anos. 


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