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A caminho da maternidade


26/mar/2023 | Anielle Casagrande |

Percorrer o caminho até a maternidade foi com certeza um dos momentos mais emocionantes da minha vida! Eu estava calma, serena, porque confiava na equipe e tinha tudo planejado na minha cabeça. Tinha feito plano de parto e até um plano de parto para o marido, com dicas como: se eu não quiser comida, favor não insistir. O que poderia dar errado? 

Ivan já tinha deixado as malas prontas fazia tempo. Mesmo assim abrimos todas uma a uma e revisei o conteúdo. Lembrei de adicionar garrafas de água, almofada de amamentação e elásticos de cabelo. Também pedi para meu marido fatiar um melão, que seria a estrela do parto. Dei uma revisada no livro do parto ativo e vi um filme com minha mãe antes de sair. Também vesti um vestido antigo que deixava o barrigão em destaque: como era pandemia, eu precisava aproveitar que ia sair de casa pra me mostrar uma rara e última vez.

Dentro do carro, fiz stories falando que estava muito calma e tranquila, mesmo sabendo que induções podem ser bem intensas, e que a taxa de cesariana na rede privada em Curitiba é 90%. Eu não queria uma cesariana desnecessária, mas também estava tranquila caso acontecesse. Estava realmente aberta a tudo que poderia acontecer. A ideia era ir aguentando o trabalho de parto até poder receber a analgesia. Eu estava confiante, afinal estudei tanto! 

Chegando no hospital, encontrei a obstetra e a doula e dei entrada na papelada. Logo subi para o quarto receber a ocitocina na veia. Só conseguia pensar em pegar logo meu bebê no colo e na aventura da amamentação. Não tinha ideia do parto que me esperava. Não tinha ideia do trauma que a cesariana intraparto deixaria em mim. Mas isso é assunto para outro dia. 


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