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A dancinha do tetê


27/abr/2022 | Anielle Casagrande | #

Parece até piada que eu mesma fiz um post no Instagram recentemente com uma foto do Nicolas mamando e escrevi que esse era nosso elo mais forte. Hoje olho e quero rolar de rir e chorar de tristeza tudo ao mesmo tempo. Nico está com 17 meses e faz uns meses que está cada vez mais profissional na dancinha do tetê, para meu desespero. 

Consiste em mamar rebolando pra lá e pra cá, enquanto fica em pé, ou de quatro, ou de lado, ou simplesmente com a bunda na minha cara. É uma verdadeira dança e ele não parece querer parar com ela. Na verdade a cada mês fica mais intenso. Tudo isso enquanto me morde, belisca, arranha, dá cotovelada e chuta. Parece uma batalha em que eu desisti de vencer ou pelo menos sair empatada.

Se a amamentação um dia foi nosso elo mais forte, olha, é porque eu ainda não conhecia os deliciosos momentos lendo para o bebê, brincadeiras com massinha e os passeios na praça de bicicleta. Se a amamentação era um momento tranquilo, realmente as coisas mudaram. Escrevo enquanto estou com o peito esquerdo latejando de dor já faz 3 dias de tanto que ele me arranhou. E antes desse, a vítima tinha sido o peito direito. Já tentei cortar as unhas, conversar e tampar o outro lado enquanto ele mama, mas nada parece funcionar. Também já tentei tirar ele do peito pra explicar e é o maior escândalo, coisa que não estou disposta a causar. 

Enquanto seguimos em frente só torço para que com o passar dos dias ele consiga entender melhor quando converso com ele e explico que está me machucando, fazendo aiai. Porque todo resto já tentei. Ai que saudades daquele bebê pequeno, que mamava quietinho e deitadinho no colo! Que saudades de não viver arranhada e de não amamentar com uma bunda na minha cara. Definitivamente brincar de massinha é bem mais divertido. 

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