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Passeio de barco barateza em Phi phi, Tailândia


17/nov/2019 | Anielle Casagrande |

Resolvi contar sobre esse passeio de barco muito louco que fiz com minha mãe em Phi Phi totalmente na louca, no meio de um tufão, num barco caindo aos pedaços (literalmente), cheio de mochileiros e foi uma diversão total. Coloque o colete salva-vidas e pegue um lugar, que essa história é ótima!

O dia começou com uma pesquisa de preço para esse passeio. Estava 650, depois 500 e fechamos numa terceira agência por 400 baht com almoço incluso e um dia inteiro de aventuras. Isso dá uns 40 reais por pessoa. Barato né? Alguns dias antes tínhamos feito um passeio de lancha em Railey Beach que custou umas 3x mais caro, mas em Phi Phi estávamos atrás de um passeio menos chic e mais aventureiro mesmo.

O roteio completo: Monkey beach, Viking cave, PP Lagoon, Palong bay, Maya bay, nado noturno com plânctons que bilham no escuro.

Chegando no local combinado só se falava na tempestade e no tufão que estão chegando na Tailândia e como os passeios de barcos seriam todos cancelados e muita gente estava voando embora do país. Todos passeios após o nosso estavam cancelados sem previsão de retorno. A gente nem sabia que tufão nenhum, na verdade estávamos muito animadas com o passeio.

Enfim o cara que nos reuniu era um tailandês muito louco parece que saído de um desenho animado porque ele só berrava em tailandês e parecia que ia descer a porrada em alguém a qualquer momento. Fomos pro barco, sentamos apertados igual num galinheiro porque era um barco muito do pobrezinho.

Nosso barquinho apelidados instantaneamente de TUKTUK AQUÁTICO de tão jaguara. Olha aí minha mãe entrando nele!

Perto de nós tinha duas mexicanas uma colombiana e duas russas. Até o barco empacar a primeira vez a gente não tinha se falado. Daí em diante best friends forever. A primeira empacada foi 30 mim após sair da areia (porque barco tuktuk não para em pier).

Nessa hora tentei fazer tweets falando que estava perdida no mar a deriva e colocar minha localização exata caso eu sumisse mas o tweet não foi porque não pega internet no meio do nada. Aí claro todo mundo começou a conversar e colocar os coletes salva vidas e rezar em grupo.
Ninguém entendeu direito o que aconteceu só sei que logo em seguida chegamos à primeira parada, a praia dos macacos. Mandaram descer sem bolsa e sem nada na mão além do celular e bem… Eu vi macaco tomando coca cola, cerveja, etc e escalando pessoas pra roubar a bolsa.

Fiquei menos de um minuto nesse lugar e voltei correndo pro barco.
Aliás o macaco da coca cola era esse ali na foto, mãe solteira com bebê de colo com cara de santinha! Daí abriu a bolsa de alguém e saiu correndo com coca cola e bebê pendurado. Si nis tro.

A segunda parada foi a Maya bay, onde foi gravado A Ilha com o Dicaprio. Confesso que quase chorei de emoção lá de tão foda mas eu tava sem câmera aquática então apenas imagina os peixes e corais e todo resto. Água transparente. Infelizmente dia nublado meio cinza.

Saindo de lá as meninas começaram a bater mil fotos estilo modelo e descobrimos que uma elas era fotógrafa profissional. Um brasileiro gostoso demais pediu uma foto e ela fez mas em troca pediu fotos com ele. Enfim ela fez fotos bem juntinho, ele até no colo e… Ele contou que o homem com ele era marido e estava morrendo de ódio. Ninguém ligou e todas mulheres fizeram fila pra bater foto agarradas nele menos eu (a burra).

Nessa hora descobrimos que uma russa falava espanhol. Tinha muita barata no barco ao ponto de eu que odeio barata já ter até me acostumado. Daí minha mãe começou a matar as baratas. E mexicana cantou “la cucaracha la cucaracha” e a russa “ya no puede caminar… porque está morta né” kkkk

Imagina a russa falando espanhol enfim todo mundo riu. A terceira parada foi num lugar bem transparente também. Desse em diante minha mãe ficou encarregada de colocar e tirar a escada pro pessoal sair do barco porque o barqueiro mandou “alguém fazer isso” e nunca mais fez.

Esse lugar era simplesmente perfeito. Dava pra ver até o fundo do mar totalmente nítido. Emocionada:

Enfim continuamos matando baratas e minha mãe responsável por colocar e tirar a escada nas paradas. Daí serviram o almoço.. Mentiram que era vegetariano mas eu e a russa percebemos que não era (tinha cheiro de bacon) e decidirmos não comer. Enquanto isso o barqueiro fatiava abacaxi e descobri que peixes amam! Sim ele foi descascando e jogando a casca no mar pros peixes. Quando acabou ele passou um prato gigante de abacaxi pro povo comer e mandou pegar pouco afinal éramos 22 pessoas e um barqueiro. Eu e a russa decidimos atacar afinal seria nosso almoço. Olha eu no galinheiro:

Observem que o barco é humilde de verdade pra quem antes só tinha andado de lancha rápida. Sem falar que leva o dobro do tempo. Falando em tempo, logo após o almoço ele empacou pela segunda vez e só se falava na tempestade chegando e povo sendo evacuado da Tailândia. Olhei pra trás e vi isso:

O motor ou sei lá o que tinha dado pau pela segunda vez e ele tava literalmente martelando. Enfim ele deu um jeito e seguimos nossa viagem barateza no meio dos mochileiros. O cara “dirigia” assim:

A gente ia metade rindo metade rezando metade berrando mesmo tipo montanha russa. E encharcados né. Que loucura! Pausa Pra Foto (com o chapéu de uma das loucas que estavam com a gente):

Morrendo de rir enquanto alguém matava mais uma barata bem na minha frente socorro. Aliás essa imagem resume bem o passeio de hoje:

Saindo de lá.. Mais uma praia transparente. Dessa vez dava pé e eu consegui fazer uma ferida nova ou seja a terceira cicatriz dessa viagem.

Todo mundo apavorado sem saber se o barco ia conseguir chegar até o fim mas rindo (de nervoso). Foram quase 6h disso no total! Voltando à história. Saindo de lá fomos para a caverna viking que eu nem sei o que é, socorro Wikipedia?

Curiosidade: Nessa caverna tem uma placa que é proibido entrar e tem um funcionário do governo (camiseta vermelha petista) que fica lá dia todo sentado pra conferir se ninguém entra mesmo. Lá também tem um caiaque que deve ser como ele chega até lá e passa o dia todo sentado! Que tédio!

Nesse lugar o barco empacou pela terceira vez. Um tempo de martelada e nada. O barqueiro esperou outro barco passar perto pra pedir ajuda. O outro barco doou uma hélice e instalou pra nós. Que. Role. Mais. Louco.

Saindo de lá fomos para o local designando para ver o pôr do sol. Mas estava 100% nublado então o barqueiro disse que íamos direto pra última parada. Nessa hora apareceu um arco íris gigante no céu! God bless os mochileiro tudo (e nós duas camufladas).

Como pulamos uma parada, chegamos muito cedo na última e faltava 1h30 para anoitecer. O barqueiro sugeriu finalizamos ali o passeio. Teve votação e a maioria escolheu esperar anoitecer pra ver os plânctons brilhantes. Ele ficou meio indignado e montou uma rede e foi dormir. Vimos ele dormir e fumar em várias posições.

Daí ficamos 1h30 de papo com todo mundo. Descobrimos que tinha 5 brasileiros no barco e descobri que agora sem o PT o Brasil vai pra frente. Puxa!

Quando finalmente anoiteceu minha mãe colocou a escada pra galera descer ver os plânctons que brilham no escuro. É fantástico mesmo. Pra provar como é fantástico ela bateu essa maravilhosa foto da escuridão com flash e dedo na câmera! Uma artista! Espero que um dia reconheçam seu talento!

Voltamos pra terra firme rezando pro barco não empacar de novo naquela escuridão e deu tudo certo. Mais tarde começaram a rolar as fotos no WhatsApp desse dia muito louco e barateza.

Resumo. Não ande no passeio de lancha dos ricos. Ande de barco tuktuk barateza que é mais divertido! E se alguém perguntar em qual hostel você tá hospedado desconverse: “sei lá, me hospedei no primeiro que achei” e pronto tá enturmado com os mochileiros.  heart

Esqueci de contar que chegando no hotel meu padrasto estava vendo RINHA DE GALO na TV (tailandesa, óbvio).

Que dia foi esse?


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