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Um bebê doente


08/maio/2023 | Anielle Casagrande |

Olha, falo com tranquilidade, não tem nada que te prepara para um bebê doente. Nem falo de doença séria, porque disso não entendo. Falo do dia a dia mesmo, das perebas da praça e da escola. Essas sim eu conheço bem. Mas mesmo assim, não canso de me surpreender a cada vez. 

O bebê doente dorme mal e tosse e chora a noite toda. Deixa todo mundo preocupado. Ninguém dorme, muitas vezes nem ele mesmo. É termômetro pra cá, antitérmico pra lá, pomada aqui, remédio ali. E tem vezes que nem o mamá acalma, porque ele está com feridas na boca. Pior ainda se tiver feridas e coceira pelo corpo. 

De dia corta o coração ver ele doentinho. Muitas vezes brinca pouco e chora a maior parte do dia. E continua o ritual da madrugada: termômetro, remédio, pomada. Mamá quando dá. Banho desanimado e rapidinho. Soneca em meio a crises de tosse, dor, mal estar. Os dias são intermináveis e parece que nunca vai passar. Pra piorar bebês não sabem falar certinho onde dói, então a gente fica apavorado e confuso. Será que dói a garganta? E o ouvido? Será que é COVID?

O coração fica minúsculo e a vontade é de pegar todo mal estar para a gente e pedir que deixem nosso bebê em paz. A dor dele dói na gente. Ver ele sofrendo sem saber falar o que sente é angustiante. E muito se engana pensando que passando por essa pereba está pronto pra próxima: cada vez a gente fica apavorado e preocupado tudo de novo. Até porque são viroses diferentes. É sempre uma surpresa.

O que me deixa mais calma é lembrar que ele está cada vez maior e com o tempo terá mais imunidade e menos doenças de bebê. Mas olha, quando estamos no olho do furacão, a única sensação mesmo é de desespero. O jeito é seguir oferecendo água, suas comidas favoritas e muito mamá até passar. E claro, saber que essa não será a última virose do ano e talvez nem do mês. Força para nós!


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