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Talvez eu não seja tão ruim assim ❤️


19/mar/2024 | Anielle Casagrande |

Basta entrar no Instagram e dar uma passeada nos perfis grandes cheios de fotos lindas de crianças para sentir o baque. Pelo menos assim é comigo, que tenho aquela enorme pedra no sapato: o filho que não come. Talvez sua pedra seja a criança “grande” que ainda usa fralda, mama, usa chupeta, vê muita tela, tem atraso de fala, sei lá. Nos caminhos da culpa materna e dos recortes de uma maternidade perfeita nas redes sociais, é muito fácil começar a se perguntar: será que eu sou tão ruim assim?

Hoje vi nos stories de outras mães crianças almoçando comida caseira bem colorida e levando iogurte natural, panqueca de aveia e frutas para o lanche na escola. Justo hoje, maldito dia em que meu filho comeu só 3 nuggets palito Perdigão o dia inteiro. Não foi por falta de ANOS de inúmeras tentativas, desenhos, músicas, receitas variadas, conversas (e quase ameaças) etc, acreditem. Mas não, eu não sou uma mãe tão ruim assim e disso eu tenho certeza. 

É muito fácil olhar pro jardim colorido (ou seria pratinho colorido?) dos outros e pensar que o seu é uma porcaria. Aliás, é até confortável, porque já estou acostumada a estar nesse lugar de sofrimento há longos dois anos. Mas não. É preciso lembrar que tem muita vitória aqui também. Sem diminuir ninguém, porque não é competição, no fundo tá todo mundo fazendo o melhor que dá, enfim. 

Aqui tem uma criança que brinca o dia todo, ama a escola, ganha muitos beijos do pai e da mãe, dorme abraçada comigo a noite toda (pro meu desespero), tem sua restrição alimentar respeitada, conhece todos os parques e parquinhos da região, anda de bicicleta no fim de semana, tem sempre maçã na geladeira e sempre ganha colo, mesmo quando não quer muito. É, acho que dá pra dizer que somos bem felizes. ❤️


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